O Sindicato realiza hoje (24), às 18 horas, na sede do Sindicato, assembleia para avaliar o andamento da campanha salarial e rejeitar o banco de horas proposto pela FIEMG na última reunião, como condição para avançar na negociação.
A imposição dos patrões foi considerada pela categoria como uma chantagem descarada. Essa atitude revoltou ainda mais a companheirada, que já estava bastante insatisfeita com o andamento das negociações, pois a bancada patronal em quase três meses de campanha salarial, apresentou uma única proposta desde a primeira reunião.
Depois disso aconteceram mais seis rodadas de negociação, mas eles não mexeram uma vírgula na proposta. Pelo contrário, na última reunião, ainda tiveram a cara de pau de dizer que só iriam melhorar o índice de reajuste se a categoria aceitasse o banco de horas.
Para ter uma ideia de como a proposta da Fiemg é ruim, basta comparar o índice de 5,9% oferecido por ela com os reajustes conquistados por outras categorias. Os bancários, os metalúrgicos de São Paulo e os trabalhadores dos Correios, por exemplo, conquistaram 8% de aumento. Já os metalúrgicos da Bahia fecharam acordo com 9% de reajuste e trabalhadores metalúrgicos de algumas empresas de Extrema no sul Minas Gerais já conquistaram este ano acordos com 10% e até 14% de aumento salarial.
Amanhã, sexta-feira (25), será realizada mais uma reunião na Fiemg. Se a patronal não melhorar a proposta apresentada até agora e retirar de vez o banco de horas da negociação, a mobilização vai crescer com a possibilidade de paralisações e greve, pois não há a mínima condição da categoria “engolir” o banco de horas e a mixaria de 5,9% proposto pelos patrões.
Vamos ficar atentos companheirada, pois nossa luta chegou numa etapa decisiva onde é a participação dos trabalhadores que vai definir o rumo da nossa campanha salarial. Só ações de maior impacto com a intensificação das mobilizações iremos conseguir vencer a intransigência dos patrões e reverter essa situação a nosso favor.
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