Em assembleia lotada realizada ontem à noite (24), na sede do Sindicato para avaliar o andamento da campanha salarial, a categoria rejeitou por ampla maioria o banco de horas proposto pela FIEMG na última reunião, como condição para avançar na negociação.
A imposição dos patrões foi considerada pela categoria como uma chantagem descarada. Os trabalhadores manifestaram sua revolta com o andamento das negociações porque a bancada patronal, em quase três meses de campanha salarial, apresentou até agora apenas uma proposta de reajuste de 5,9%.
Nas últimas seis rodadas de negociação, os patrões não mexeram uma vírgula na proposta. Pelo contrário, na última reunião, ainda tiveram a cara de pau de dizer que só iriam melhorar a proposta se a categoria aceitasse o banco de horas.
Para ter uma ideia de como a proposta da Fiemg é ruim basta comparar o índice de 5,9% proposto por ela com os reajustes conquistados por outras categorias como bancários, metalúrgicos de São Paulo e trabalhadores dos Correios, por exemplo, que conquistaram 8% de aumento. Metalúrgicos da Bahia e de Extrema, no sul de Minas, conquistaram um reajuste ainda maior.
Na assembleia a categoria também se comprometeu em intensificar a mobilização e lutar ao lado do Sindicato para conquistar a vitória nesta campanha salarial.
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