Greve na CEMIG

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Eletricitários mostram a força da categoria aos gestores da Cemig

Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (25), vários locais de trabalho da Cemig pararam complemente. A direção do Sindieletro surpreendeu a empresa na mobilização do primeiro dia de greve por tempo indeterminado. As portarias da empresas, na Grande Belo Horizonte e interior, foram fechadas pelos sindicalistas, em um ato simbólico para mostrar à direção da Cemig que, se os gestores da empresa souberam radicalizar ao se negar ao diálogo e à negociação da pauta dos eletricitários, a categoria também tem suas armas para radicalizar e garantir que haja negociação de fato.

Na Cemig da Itambé, no bairro Floresta, as duas portarias foram fechadas. O acesso à entrada principal foi impedido por correntes, faixas e cartazes. Ao chegarem para o trabalho, os eletricitários da Itambé permaneceram em frente às portarias e ninguém reclamou. Muitos manifestaram apoio à iniciativa. “Que coisa boa! Já passava da hora! A greve tem que ter adesão de todo mundo, as conquistas não são para todos?”, disse um eletricitário.

Até às 10 horas, as duas portarias da Cemig da Itambé permaneceram fechadas, por decisão dos trabalhadores concentrados no local. Eles também decidiram sair em passeata e fechar o viaduto Santa Tereza.

Anel Rodoviário e sede

Na Cemig do Anel Rodoviário grande parte dos trabalhadores decidiu abrir a portaria principal a partir das 9 horas. Mas dezenas de eletricitários que decidiram entrar, voltaram depois para a mobilização. Eles saíram em passeata, seguindo pela avenida Amazonas até a Praça da Cemig, na Cidade Industrial, onde foram se juntar aos demais companheiros. Na Sede, vários trabalhadores decidiram entrar pela garagem, outros, firmes no propósito de lutar por seus direitos, sobretudo o direito constitucional de greve, vieram para a Cemig da Itambé reforçar a mobilização.

Triângulo: greve em memória dos mortos e mutilados

Em Uberlândia, os eletricitários se concentraram na portaria do CRIU, fechada por 50 cruzes, simbolizando as 50 mortes de trabalhadores a serviço da Cemig desde 1999. A lista de eletricitários vítimas de acidentes de trabalho fatais, lamentavelmente, inclui 114 mortes nos últimos 14 anos.

Os trabalhadores do Triângulos estão sensibilizados e indignados com tantas mortes de companheiros a serviço da Cemig, a última delas ocorrida na semana passada. “Realizamos um piquete simbólico, com momento de silêncio. Após saberem das cruzes em frente ao CRIU muitos eletricitários aderiram à mobilização. Em Uberaba os trabalhadores foram informados do nosso piquete e também pararam em defesa do pacto de saúde e segurança que reivindicamos negociar com a empresa”, disse Gustavo Brito, coordenador da Regional Triângulo do Sindieletro. Ele acrescentou que os eletricitários terceirizados também estão apoiando a greve e se juntando às manifestações.

Fonte: Sindieletro

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