1ª Conferência da Macrorregião Centro debate saúde e segurança do trabalhador e da trabalhadora

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Diretores do Sindicato participam das discussões de propostas para as Conferências Estadual e Nacional

A CUT/MG, juntamente com delegados de outras centrais, conselheiros estaduais e municipais, dirigentes sindicais e integrantes dos movimentos sociais abriram na manhã desta quinta-feira (8) a 1ª Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Macrorregião Centro de Minas Gerais, no hotel-fazenda Canto da Seriema, em Jaboticatubas, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A conferência, que termina nesta sexta-feira (9), tem como objetivo a construção de propostas e eleição de delegados para a Conferência Estadual, que acontece nos dias 29, 30 e 31 de maio, e é também preparatória para a Conferência Nacional, programada para novembro.

Seiscentos e sessenta delegados, representando 101 municípios, participam da conferência, coordenada pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte e secretário da Juventude da CUT/MG, Ederson Alves da Silva.

A mesa de abertura, Djalma de Paula Rocha, secretário de Saúde do Trabalhador, representando a CUT/MG, destacou a maciça participação da classe trabalhadora na conferência. “Parabenizo a todos os delegados, pois não é fácil encontrar pessoas dispostas a se empenhar por saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, mais do que nunca, com a introdução de novas tecnologias há um grande índice de adoecimento psíquico.

As doenças são provocadas pelo assédio moral e pelo assédio sexual, principalmente nas áreas de saúde e telemarketing, em que a pressão por metas é grande. A conferência é um instrumento para construir propostas para a saúde e a segurança de trabalhadores e trabalhadoras, para a garantia do controle social e a elaboração de políticas públicas”, disse Djalma de Paula Rocha.

“Esta conferência vai ser um momento importante para discutir os problemas e apresentar soluções. Vamos discutir o assédio moral e o assédio sexual; a valorização dos profissionais da saúde e da educação, fundamentais para a formação das pessoas que vão atuar na saúde pública. É preciso valorizar os educadores. Discutiremos também o combate à terceirização, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o controle social, a saúde e a segurança do trabalhador e da trabalhadora na sua totalidade, o fortalecimento do SUS com o controle social para que possamos levar propostas para a Conferência Estadual e a Conferência Nacional”, afirmou Ederson Alves da Silva.

Para a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, a conferência é muito importante para a participação popular e a busca pelo controle social da saúde pública. “Lamentamos que tenha levado dez anos para acontecer uma conferência, pois ela é um instrumento de participação e controle social. É ainda mais significativa em Minas Gerais, Estado em que o governo desrespeita a Constituição e não investe o mínimo em saúde. A conferência possibilita a participação da população na articulação das políticas públicas para a saúde e a segurança no trabalho.”

Representando o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Paulo Roberto Venâncio Carvalho defendeu mobilização nas ruas pela reforma sanitária e em defesa da valorização do Sistema Único de Saúde (SUS). “Não podemos nos encastelar nos conselhos e nas conferências, precisamos ir às ruas, pois estamos num processo em que não existe vigilância em saúde e a privatização está rolando solta. O SUS não vai funcionar enquanto houver o financiamento privado de campanhas eleitorais. Pois a indústria farmacêutica e as empresas não querem um SUS eficiente. Na realidade, na saúde, trabalhadores e trabalhadoras têm um salário ruim. Quem ganha bem são os cargos comissionados. E os planos de saúde estão nadando de braçada. É difícil discutir piso para a saúde. É difícil discutir as 30 horas. Mas é fácil falar em teto para as categorias encasteladas no poder. Queremos saúde, educação e reforma sanitária. Concurso público para todos, senão não tem o SUS. Não dá mais, vamos para as ruas.”

Fonte: CUT/MG

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