Categoria pede revisão de carreira, redução de jornada para 30 horas semanais e isonomia no tratamento
Depois de aguardar sem sucesso o retorno do governo sobre a pauta de reivindicação, os servidores estaduais da saúde de Minas Gerais aprovaram deflagrar greve a partir do dia 27 de maio. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (14). Após a concentração, que ocorreu no início da manhã em frente ao Hospital João XXIII, os servidores seguiram em passeata até a Praça Sete, no centro da capital.
O ato, que percorreu a região central da cidade de Belo Horizonte, contou com o apoio de estudantes e da própria população: “Os trabalhadores da saúde merecem aumento. É preciso reivindicar pelos direitos trabalhistas mesmo!” apoiou cidadã que passava no local no momento do ato.
O movimento finalizou com os trabalhadores de mãos dadas simbolizando a união dos trabalhadores da saúde no entorno da Praça Sete de Setembro, simbolizando abraço a população de Minas, interditando os quatro trechos da Avenida Afonso Pena com a Avenida Amazonas.
A maioria das reivindicações dos trabalhadores diz respeito a acordos não cumpridos pelo governo e demandas que foram discutidas durante anos, mas que não foram implementas com argumento do impacto financeiro. Entre elas está a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e a revisão do plano de carreira da categoria.
Outra inquietação dos trabalhadores refere-se ao reajuste salarial. Mesmo com data-base em outubro, gerou insatisfação da categoria a informação da subsecretária de gestão de pessoas, Fernanda Neves, que mesmo que tiver percentual nos cálculos da política remuneratória, era bem possível que o reajuste só poderia ser concedido em janeiro de 2015, no próximo governo. A resposta da subsecretaria foi ao questionamento do Sind-Saúde/MG em reunião do Comitê de Negociação Sindical (CONES).
O Sindicato aguardava desde sexta-feira (9) o retorno do novo Secretário de Saúde, José Geraldo Oliveira Prado, que recebeu a pauta de reivindicação prometendo levá-la direto ao governador.
Se o governo não responder aos itens de reivindicação, os servidores prometem parar os serviços de atendimento da saúde em todo o Estado, há menos de 20 dias da Copa do Mundo. A mobilização atinge os servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Ezequiel Dias (Funed), Escola de Saúde Pública (ESP), Fundação Hemominas e Secretaria Estadual de Saúde (SES/MG).
Fontes: Sind-Saúde/MG
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