Cerca de 95% dos trabalhadores e das trabalhadoras da empresa recusam proposta e votam pela continuidade da paralisação
Nas assembleias realizadas no Estado ontem, 95% dos eletricitários decidiram pela rejeição da proposta da Cemig e pela continuidade da greve. Pela contagem dos votos, a greve continua firme e forte. A categoria insiste na PLR linear, no Acordo de primarização, na retirada da proposta do Seguro de Vida Coletivo, nada de calote na ação ganha na Justiça pela verba do PCR e o não desconto dos dias parados e nem punição contra os grevistas. A greve, que completa 23 dias nesta quinta-feira (17), é a maior da Cemig em todos os tempos, superando a paralisação de 2013, que chegou a 22 dias.
Na Grande Belo Horizonte, lotamos o hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com ampla participação de trabalhadoras e trabalhadores. A votação pela rejeição da proposta da empresa foi superior 90% dos participantes. Gerentes e superintendentes foram vaiados no momento de darem o voto a favor de uma proposta que mantém privilégios para eles. Antes, pela manhã, milhares de trabalhadores sairam em passeada da Sede da Cemig rumo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Papelão
A Cemig fez um papelão na quarta-feira (16). Liberou, incentivou e assediou os trabalhadores, através de comunicado aos empregados, para participar das assembleias deliberativas, com a intenção descarada de aprovação da sua proposta.
No entanto, os gerentes devem retornar ao presidente Mauro Borges com um recado: nossa categoria é diferente. Os eletricitários são de luta e não se dobram para ninguém na hora de defender seus direitos. Essa identidade foi demonstrada, mais uma vez, nas últimas assembleias realizadas em todo o Estado.
Em Belo Horizonte, cerca de 1.400 eletricitários, vindos das portarias da Grande BH e de várias cidades, lotaram a Praça da Assembleia Legislativa para engrossar a massa de descontentes com o desrespeito da empresa. Pela manhã, eles se concentraram na Sede e saíram em passeata até a Assembleia Legislativa (ALMG).
Com toda essa força, esta greve já entrou para a história de lutas dos eletricitários como a mais longa, a mais participativa, criativa e que unificou novamente os sindicatos.
Queremos apenas que a gestão da Cemig, nomeada pelo governador Fernando Pimentel, escolha de que lado está. Defina, de uma vez por todas, se vai caminhar com os trabalhadores da Cemig e de Minas Gerais.
Estamos fazendo a diferença, estamos dando outro rumo para a empresa. Queremos uma nova Cemig, voltada aos interesses do povo, com igualdade e justiça nas relações de trabalho.
Escrito por: Sindieletro-MG
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