Metalúrgicos da Philips paralisam atividades contra demissões

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Trabalhadores de Lagoa Santa (MG), exigem abertura de negociação sobre a transferência para Varginha

Os metalúrgicos da Philips, multinacional estabelecida em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, cruzaram os braços novamente nesta sexta-feira (26). A nova paralisação de advertência foi aprovada em assembleia realizada na quarta-feira (24), quando trabalhadoras e trabalhadores também suspenderam as atividades na empresa. Eles exigem que a empresa dialogue e faça uma proposta de compensação aos metalúrgicos que serão demitidos por conta da transferência da unidade para Varginha, no Sul de Minas. A paralisação começa às 7 horas.

“Nos concentramos na porta da empresa e, em assembleia, decidimos fazer nova paralisação. Redigimos uma carta, que foi encaminhada para a direção da empresa, exigindo a reabertura da negociação. A Philips decidiu se transferir para outra cidade sem qualquer discussão com os trabalhadores, o que gerou grande ansiedade no chão de fábrica. Serão centenas de pais de família desempregados de uma hora para outra, após anos de serviços prestados a essa multinacional. É uma enorme falta de respeito, pois os impactos serão enormes. Portanto, é justo que os trabalhadores sejam compensados, especialmente para amenizar eventuais dificuldades futuras. O Sindicato vem tentando dialogar com a empresa para discutir um acordo, mas ela tem se esquivado de conversar. Por isso, os trabalhadores não encontraram alternativa, senão a greve. Foi a maneira de chamar atenção para insensibilidade social da Philips”, afirmou Volnei Terceti, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Vespasiano, Lagoa Santa e Região.

“Queremos também saber como serão resolvidos os problemas de trabalhadoras e trabalhadores que serão transferidos para Varginha, em que área vão trabalhar, como fica a situação dos filhos que estudam, se a empresa vai pagar o aluguel, em qual bairro vão morar, como fica a mudança. Afinal, estão mudando a rotina das pessoas e não sabemos se é para melhor ou para pior”, Afirmou Volnei Terceti.

Fonte: CUT/MG

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