Mulheres fazem 8 de Março de luta em Belo Horizonte

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Mais de duas mil mulheres transformaram, novamente, em Belo Horizonte, o Dia Internacional da Mulher em um dia de luta. Elas participaram, nesta terça-feira (8),  de ato, marcha e protesto que, neste ano, teve como tema principal o crime ambiental e social da Samarco em Mariana. O rompimento da Barragem do Fundão, que aconteceu no dia 5 de novembro, provocou 20 mortes e provocou destruição em toda a região e na Bacia do Rio Doce.

A manifestação, que encerrou o Encontro Estadual das Mulheres do Campo e da Cidade, denominada “Mulheres contra a lama que mata: somos todas atingidas, começou por volta das 16 horas, com concentração na Praça da Liberdade e marcha até Praça da Estação, onde aconteceu ato cultural. No trajeto, que passou pela Savassi, as manifestantes protestaram em frente ao escritório da Vale, controladora da Samarco juntamente com a BHP, na rua Paraíba. Elas jogaram água enlameada, retirada dos distritos de Mariana, na fachada do prédio.

Além de servir para dialogar com a população os efeitos do crime ambiental de Maria sobre as mulheres, a luta contra violência, a violação de direitos, o machismo, a discriminação e as desigualdades, a manifestação terá como temas a luta contra o golpe e a defesa da democracia, conquistados e contra o retrocesso, representado pela ofensiva da direita com projetos que atacam os direitos de trabalhadoras e trabalhadores e o patrimônio do povo brasileiro.

Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Minas Gerais (Fetraf-MG/CUT), Levante Popular da Juventude, Fetaemg, GT de Gênero da Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), entre outras entidades, organizam e coordenam o Encontro e o ato do Dia Internacional da Mulher.

“Mais uma vez nosso 8 de Março foi um dia de luta. E pautamos o crime ambiental e social de Mariana para mostrar ao povo de Belo Horizonte que são as mulheres que mais sofrem quando acontecem crimes desta natureza”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

Fonte: CUT/MG

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