Mais de 40 mil gritam “Fora, Temer” e “Volta, Querida” em Belo Horizonte

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Mais de 40 mil pessoas foram às ruas de Belo Horizonte na noite de sexta-feira (10) para o grande Ato “Fora, Temer! Nenhum Direito a Menos!”, organizado pela Frente Brasil Popular Minas Gerais e a Frente Brasil Sem Medo. Os manifestantes , que saíram novamente às ruas em defesa da democracia e contra o golpe e a retirada de direitos sociais e trabalhistas, gritaram “Fora, Temer” e pediram o retorno da presidenta Dilma Rousseff à Presidência da República cantando “Volta, Querida”. A manifestação, que começou na Praça Afonso Arinos, no Centro da capital mineira, terminou na Praça da Estação, ao lado do Centro de Referência da Juventude (CRJ), que está ocupado, com lançamento de milhares de balões vermelhos e com todos cantando o Hino Nacional.

Participaram do ato dirigentes e militantes da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), da CTB, movimentos sindical, sociais e populares, representantes das cinco ocupações que acontecem na cidade – Mata Machado, Funarte, Ministério da Saúde, Tina Martins e CRJ. Houve também grande adesão da população, que se juntou aos manifestantes durante marcha entre as duas praças, que passou pela avenida Augusto de Lima, Praça Raul Soares e Avenida Amazonas.

O ato foi aberto por performances de representantes dos índios Xacriabá e de um grupo de mulheres fantasiadas de bruxas que carregavam cartazes com os dizeres: governo machista. Houve, também, enterro simbólico do governo ilegítimo e usurpador de Michel Temer (PMDB).

A presidente da Central única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, encerrou as falas no caminhão, avisando sobre o próximo ato, neste domingo, Dia dos Namorados, às 10 horas, na Praça da Liberdade. “Construímos um ato gigantesco e faremos tantos atos quantos forem necessários até que este governo ilegítimo caia, Somos mulheres, jovens, professores, agricultores, poetas, lutadores. Somos aqueles que não deixarão o governo de corruptos tirar nossos direitos. Nenhum direito a menos. Nenhuma luta é perdida quando as ruas se tornam cheias de esperança. Somos a luta em forma de idosos, adultos e crianças”, disse Beatriz Cerqueira.

Os protestos começaram logo cedo em Belo Horizonte. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam o Ministério da Fazenda. Técnico-administrativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) realizaram manifestação, coordenada pelo Sindifes, no Campus contra o PL 257/16 e na Faculdade de Medicina. Também aconteceram manifestações em Ouro Preto, Uberlândia, Uberaba, Varginha e Juiz de Fora.

Fonte: CUTMG

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