Dia Nacional de Paralisação e Mobilização leva milhares às ruas de Belo Horizonte

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Milhares de trabalhadoras e trabalhadores, dos setores privado e público, estudantes, militantes e dirigentes de sindicatos, federações, confederações, movimentos sociais e lideranças políticas participaram, nesta quinta-feira (22), de atos de rua e manifestações do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Os protestos, contra a retirada de direitos que o governo golpista Michel Temer tenta impor ao país, contra os ataques à classe trabalhadora, à soberania nacional e ao patrimônio do povo brasileiro, que uniram várias categorias, foram construídos e organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais, Frentes Brasil Popular Minas e Povo Sem Medo.

As manifestações, um ensaio para a greve geral, começaram durante a madrugada e seguiram por todo o dia. Uma grande concentração, iniciada às 9 horas, aconteceu na Praça da Estação, no Centro da capital, e reuniu educadoras e educadores da rede estadual, bancários, estudantes, técnicos-administrativos e professores do ensino público federal, que estão em greve, servidoras e servidores da Saúde, quilombolas, indígenas e militantes dos movimentos sociais.

Por volta das 11 horas, todos saíram em marcha pelas ruas do Centro e se encontraram, na Praça Sete, com metalúrgicos, trabalhadoras e trabalhadores dos Correios, também em greve por tempo indeterminado, das telecomunicações, da Copasa, petroleiros, eletricitário, urbanitários, servidoras e servidores públicos municipais, que estavam mobilizados na Praça Afonso Arinos, na Cidade Industrial, na Cemig, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Prefeitura de Belo Horizonte. Todos seguiram para a Assembleia Legislativa (ALMG), onde foi realizada, à tarde, uma audiência pública sobre a proposta de emenda constitucional 241, que propõe limitar os investimentos nas áreas sociais por 20 anos.

Durante a marcha, os manifestantes gritaram “Fora Temer” e protestaram contra as reformas da Previdência e Trabalhista, o desmonte do Sistema Único de Assistência Social, a privatização da saúde, da educação, venda das estatais, a ampliação da terceirização, prevalência do negociado em detrimento da legislação, que garante direitos trabalhistas, a PEC 241, o PLP 257, o sucateamento do serviço público, a política de Estado mínimo e de arrocho salarial e o desemprego.

Ministros do governo golpista já defenderam jornada de 12 horas diárias, apoiam a terceirização sem limites, contratos de trabalho por produtividade ou hora trabalhada. Até o momento, o governo não apresentou nenhuma agenda para proteção do emprego e combate aos alarmantes índices de desemprego no país. Ao contrário, as medidas anunciadas até então aprofundarão a crise que o país vive. Até mesmo direitos como férias e 13º salário estão ameaçados com a flexibilização proposta pelo governo.

Truculência da Polícia Militar

A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, denunciou uma ação truculenta da Polícia Militar na até a praça da Assembleia Legislativa, no Bairro Santo Agostinho. Militares que acompanhavam a mobilização jogaram gás de pimenta nos manifestantes, assim que a marcha chegou ao pátio da ALMG. “Foi um ataque covarde, desnecessário, desproporcional, contra pessoas que fazem uma luta justa contra a retirada de direitos. O comandante da operação já foi identificado e vamos tomar as providências cabíveis. Vamos fazer a denúncia desta prática lamentável e irresponsável. Vamos denunciar à Corregedoria, à Comissão de Direitos Humanos e ao governador do Estado”, protestou Beatriz Cerqueira.

Fonte: CUT-MG

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