Em São Paulo, mulheres na rua alertam golpistas: é só o começo

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O Centro de São Paulo parou na tarde deste Dia Internacional de Luta da Mulher para dizer aos golpistas que a resistência diante dos ataques a direitos trabalhistas e sociais vai ganhar tons ainda mais fortes a partir de agora.

Desde o início da tarde, organizações dos movimentos sindical, como a CUT, e sociais reuniram uma multidão de mulheres, estimadas em 60 mil pela organização do evento, que marcharam da Praça da Sé até o Viaduto do Chá.

No caminho encontraram profissionais do magistério que, em assembleia no vão livre do Masp, decidiram cruzar os braços no próximo dia 15 contra o roubo da aposentadoria proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).

Os profissionais da educação votaram também o repúdio à Reforma da Previdência e rejeitaram a apresentação de qualquer emenda ao projeto do governo.

Aos gritos de “nem recatada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar”, manifestantes como Angelina Dias da Silva, que viajou de Campinas para participar dos protestos, demonstravam que a luta contra a Reforma da Previdência já chegou à boca do povo.

Agora é o dia 15

Além da fundamental batalha pela igualdade de gênero, a autonomia sobre os corpos foi outro ponto presente na manifestação. Em tempos de retrocesso, esse é um eixo fundamental para combater a violência contra elas, apontou a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.

“As mulheres saíram às ruas do país pelo combate à violência de gênero, pela autonomia dos nossos corpos, pela legalização do aborto, mas, sobretudo, concluíram que a Previdência é muita cara, principalmente para as mulheres. Então, hoje gritamos reaja ou morra trabalhando. Esse foi um esquenta para o próximo dia 15”,disse.

Para a secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da Central, Janeslei Albuquerque, a reação feminista será fundamental para vencer o que ela chama de segunda fase do golpe. “Estamos enfrentando a segunda fase ou a realidade concreta do golpe, que é o ataque brutal aos direitos da classe trabalhadora”, apontou.

A marcha seguiu até a sede da prefeitura de São Paulo, aos gritos de ‘fora Dória’, prefeito ‘homenageado’ por acabar com a secretaria e as políticas públicas voltadas às mulheres.

Fonte: CUT

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