O que os golpistas chamam de modernização é roubo de direitos

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A agenda de ataques aos direitos da classe trabalhadora segue em ritmo acelerado e a base de apoio do ilegítimo Michel Temer (PMDB) tenta aprovar, a todo custo, as reformas encomendadas pelos empresários financiadores do golpe. Antes que a resistência ao presidente golpista cresça ainda mais.

O próximo capítulo deve ser a votação da Reforma Trabalhista, que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta emplacar para o meio desta semana. Para isso, ao melhor estilo do presidiário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manobrou para colocar em apreciação na Casa, após uma primeira derrota, o pedido de urgência da pauta.

A expectativa de Maia é que o texto seja colocado em apreciação do plenário já na quarta-feira (26) e que a votação seja concluída ainda na quinta. Um processo que ele nomeou como ‘modernização da legislação trabalhista’.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a tal modernização, porém, é boa apenas para quem financiou as campanhas dos parlamentares. “Tem de ser muito cara de pau e sem qualquer comprometimento com os trabalhadores para dizer que essas mudanças representam a modernização da legislação trabalhista. Desde quando aumentar a terceirização, transformar emprego fixo em bico, permitir que seja mais fácil demitir e diminuir multa para patrão que não cumpre com suas obrigações é modernizar a legislação trabalhista?”, questionou.

A CUT é contra a Reforma Trabalhista proposta por Temer e bancada por sua base aliada. Para a CUT, a proposta é um desastre completo e transforma as relações trabalhistas em terra sem lei.

O objetivo do projeto não é modernizar a legislação trabalhista, é flexibilizar direitos e legitimar a precarização do trabalho no Brasil, garantindo segurança jurídica e mais lucros para as empresas que utilizam formas de contratação hoje consideradas ilegais. E, ao contrário do que Temer diz, não vai gerar mais empregos, vai multiplicar as formas de trabalhos precários – salários baixos, falta de direitos e alta ainda maior do que a atual na rotatividade.

Segundo Vagner Freitas, os deputados que votarem a favor da proposta serão denunciados em seus Estados, não conseguirão se reeleger e nunca mais voltarão ao Congresso Nacional. Segundo ele, perder a aposentadoria e a carteira assinada são situações concretas para os trabalhadores. Por isso, não adianta a TV Globo manipular as informações, ficar horas dizendo que isso vai aquecer a economia, que sem reformas o Brasil virará o caos, que a crise econômica vai piorar porque, em 2008, tivemos uma das maiores crises econômicas da história e nenhum direito foi tirado.

O que gera emprego, diz o presidente da CUT, é projeto de desenvolvimento inclusivo, com investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica e aumento de produtividade. Temer não sabe o que é isso.

“A Greve Geral é para alertar o governo, em especial os deputados e senadores para que não traiam a classe trabalhadora. O Brasil vai parar e teremos muito prazer em divulgar o nome e as fotos de todos que traírem os trabalhadores”, anunciou.

Fonte: CUTMG

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