Minas Gerais viveu um dia histórico nesta sexta-feira, 28 de abril. Trabalhadoras e trabalhadoras dos setores público e privado, do campo e da cidade, aderiram à Greve Geral e realizaram mais de 60 atos públicos e manifestações na capital e no interior contra as reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. Apesar da forte chuva que atingiu a cidade durante toda a manhã, 150 mil pessoas foram as ruas de Belo Horizonte contra a pauta golpista em um protesto que uniu as centrais sindicais, movimentos sociais, populares e estudantis e as igrejas. Com sombrinhas, guarda-chuvas, capas, ou que tinham para se proteger, os manifestantes se concentraram na Praça da Estação e depois seguiram para a Praça Sete, onde se uniram com outras categorias, movimentos sociais, populares e estudantis por volta das 11 horas.
Antes, ainda de madrugada, houve trancaços em rodovias do Estado, realizados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), MST e trabalhadoras e trabalhadores, paralisações de estações e garagens de ônibus e bloqueios nas portarias de fábricas.
“Minas Gerais viveu, hoje, a maior greve de que as gerações presenciaram. Fomos às ruas, reunimos mais de 150 mil pessoas, neste ato que uniu as centrais, os movimentos populares, as igrejas. Os metroviários contribuíram, parando totalmente o metrô. Os rodoviários foram às garagens e paralisaram o transporte coletivo. E, neste dia, eu quero dar um salve especial às mulheres de luta, que estão aqui. Que continuem firmes na luta. Este 28 de abril é o primeiro de muitos outros de greve geral que faremos para barrar as reformas. Não podemos voltar ao trabalho, na terça-feira como se tudo fosse normal. Estamos diante de um golpe, de uma ruptura e não podemos descansar enquanto não for restaurada a democracia. O enfrentamento permanecerá. Fora, Temer. Diretas, já. Viva a classe trabalhadora. Viva o 28 de abril”, disse a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, que fez uma saudação a todas as categorias que pararam e que estavam representadas no ato.
A presidenta da CUT/MG também comandou um protesto contra os deputados federais mineiros que foram favoráveis ao projeto de reforma trabalhista e aprovaram a terceirização irrestrita. A cada nome citado, todos gritaram “fora”.
Fonte: CUTMG
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