A CUT repudiou o anúncio, feito na tarde desta sexta-feira (23) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo golpista de Michel Temer estuda usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para substituir o seguro-desemprego.
Para a direção da CUT, a medida é uma das maiores perversidades já anunciadas pelos golpistas. Segundo a central, a medida é “um assalto a um direito do trabalhador”.
Conforme divulgado, o governo pensa liberar parte do saldo do FGTS em três parcelas, para substituir durante três meses o seguro desemprego.
Assim, em vez de receber recursos públicos, o trabalhador receberia valores que já são dele. Somente depois de três meses, caso permaneça desempregado, o trabalhador poderia requerer o seguro desemprego.
“Existem discussões na área econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no Ministério do Planejamento, seja em outras áreas, sobre diversas coisas que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles, depois de participar de um evento em São Paulo. Entretanto, o ministro, ex-presidente do Conselho de Administração do grupo JBS, não se preocupou em tentar explicar de que maneira o governo se apropriar de recursos dos trabalhadores para manter uma política social que já existe poderia resultar em crescimento do país.
Veja a seguir na íntegra a nota oficial da CUT sobre o assunto.
NOTA OFICIAL
Para a CUT, reter parte do FGTS e a multa de 40% do fundo dos trabalhadores demitidos sem justa causa é uma das maiores perversidades do governo ilegitimo e golpista de Temer.
Esse dinheiro não é do governo. É dos trabalhadores.
Um país com mais de 14 milhões de desempregados tem de pensar em formas de geração de emprego e renda, de proteção ao trabalhador no momento em que este está mais desesperado e, não, confiscar o FGTS.
A CUT tomará todas as medidas de mobilização e legais cabíveis para impedir este novo assalto a um direito do trabalhador.
Executiva Nacional da CUT
Fonte: CUT
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