Mulheres vão às ruas em defesa da aposentadoria

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As mulheres vão sair às ruas, na próxima terça (26), para defender a aposentadoria, que corre grande risco de acabar. Organizado pelo Fórum Nacional das Mulheres das Centrais Sindicais (CUT, CTB, CSB, Força, NCST e UGT), o ato, que vai acontecer em frente da Superintendência Regional do INSS Largo Santa Efigênia, em São Paulo, a partir das 14h, terá a presença de vários movimentos de mulheres e feministas. O objetivo é denunciar, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional, os efeitos da proposta de Reforma da Previdência na vida das mulheres.

A “contrarreforma” do presidente ilegítimo Michel Temer e seus aliados pode ser votada a qualquer momento pelo Congresso Nacional e visa, entre outras coisas, igualar, entre homens e mulheres a idade mínima para se aposentar, desvincular o salário mínimo do valor do benefício e dificultar o acesso do direito de envelhecer dignamente.

“A proposta do golpista Michel Temer acaba com a aposentadoria e prejudica ainda mais a vida das mulheres, principalmente as trabalhadoras negras, do campo e as professoras. O que eles querem é privatizar a aposentadoria. Só terá direito ao benefício quem puder pagar por ele. E isso é inaceitável”, contou a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista.

“Nós, mulheres das Centrais Sindicais, nos posicionamos contra qualquer alteração nas regras da previdência que implique em retirada de direitos de trabalhadoras e trabalhadores, rurais e urbanos”, informa trecho do panfleto que será distribuído no local da manifestação.

Pressão

As mulheres vão distribuir panfletos com informações sobre os impactos da contrarreforma na vida das mulheres, mas também vão incentivar a população a pressionar os deputados e deputadas para não traírem os trabalhadores e as trabalhadoras através do site “napressão.org.br”.

“Temos que pressionar todos os dias, não só online, mas também nos estados e municípios, e dizer para estes parlamentares que as mulheres dizem NÃO para o fim da aposentadoria”, disse Junéia.

Existem outras campanhas no “napressão”, inclui outras campanhas, como Fora Temer.

As mulheres também vão denunciar os deputados e as deputadas que votaram a favor da Reforma Trabalhista, que entrará em vigor no próximo dia 11 de novembro. As novas leis vão acabar com mais de 100 direitos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e vão prejudicar toda a classe trabalhadora.

As mulheres cutistas irão abordar a população da região para assinar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) da Central para anular a Reforma Trabalhista. Para isso acontecer será necessário colher um milhão e trezentas mil assinaturas para entregar no Congresso Nacional.

“A campanha para anular a Reforma Trabalhista é uma ferramenta fundamental para dialogarmos com a população e dizer todos os retrocessos que estes golpistas têm feito para nosso povo”, explicou a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Marcia Viana.

Para poder participar da campanha, caso não consiga comparecer na manifestação, é só acessar o material de campanha no site anulareforma.cut.org.br e no vídeo (assista aqui) produzido pela CUT Brasília, você acompanha passo a passo como colaborar para anular a Reforma Trabalhista que acaba com nossos direitos.

Fonte: CUT

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