Esperança. Essa foi a palavra mais usada durante a VII Plenária da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais (FEM/CUT-MG), que teve o tema: “Lula Livre” e foi realizada dia 30 de junho, na Escola Sindical 7 de Outubro.
A análise de conjuntura apresentada pelo cientista político Juarez Guimarães, pela presidenta licenciada da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, e pelo presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Paulo Cayres, coloca o grande desafio para os dirigentes sindicais de reorganizar a base, para conquistar novos direitos e a valorização de metalúrgicos e metalúrgicas, e eleger o Lula presidente do Brasil.
“Não podemos resistir sem esperança. Temos que lutar de cabeça erguida para reestabelecer a soberania nacional e refundar os direitos da classe trabalhadora, das mulheres e dos negros”, disse Juarez Guimarães.
“Cada dirigente tem que assumir sua responsabilidade de denunciar em todos os lugares o que o golpe está causando na classe trabalhadora, não podemos esperar que somente a CUT ou a CNM façam. A nossa omissão pode ser cruel para nossos filhos e netos”, alertou Paulo Cayres.
“Nossa tarefa é disputar a esperança das pessoas. Debater e dizer que outra forma de governar o país é possível e tudo que está acontecendo não é normal”, declarou Beatriz Cerqueira.
Campanha salarial
Será no cenário de elevado número de pessoas desempregadas, redução no investimento público, direitos sendo reduzidos com o pleno funcionamento da reforma trabalhista, enfraquecimento do movimento sindical e o processo eleitoral para presidente, governadores, deputados e senadores que os dirigentes sindicais vão iniciar a campanha salarial 2018/2019 dos metalúrgicos de Minas.
“Diagnosticar e entender a conjuntura política e econômica é fundamental para construir a melhor estratégia de enfrentamento e resistência durante as rodadas de negociações com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG)”, lembrou Marco Antônio, presidente da FEM.
Fernando Duarte, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), disse que a campanha salarial será num cenário de elevação da inflação. De acordo com ele, apesar de lenta, o seguimento industrial dá sinais de recuperação, o que deve ser explorado durante a campanha salarial.
“O delicado momento que a classe trabalhadora atravessa, implantado pela política de arrocho sobre a classe operária, torna urgente a participação dos metalúrgicos (as) junto com os sindicatos na luta e defesa dos nossos direitos e por melhores condições de vida. Virar as costas para o sindicato é entregar seu futuro nas mãos do patrão”, alertou Valgas, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem.
A VII Plenária da FEM reuniu presidentes e representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de Alfenas, BH/Contagem, Cambuí, Extrema, João Monlevade, Juiz de Fora, Matozinhos, Pouso Alegre, Santa Luzia, Timóteo, Varginha e Vespasiano.
A pré-pauta da campanha salarial, construída durante a VII Plenária, será apresentada aos metalúrgicos de todo o Estado, através de assembleia, para apreciação e possíveis modificações.
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