De acordo com dados revisados, o IBC-Br apresentou retração de 0,52% no primeiro trimestre, comparado ao período de outubro a dezembro de 2018. Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 0,30% na comparação com maio (dado dessazonalizado). Mas, na comparação com junho de 2018, houve queda de 1,75%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
No entanto, o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês passado, o governo revisou a previsão de crescimento do PIB deste ano de 1,6% para 0,8%.
A “recessão técnica” se caracteriza por dois trimestres seguidos de tombo do PIB. Segundo explicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na recessão técnica é considerada a possibilidade de recuperação no curto prazo. É diferente da recessão de fato, quando a situação do país está se deteriorando significativamente, e há alta do desemprego e dos índices de falência, queda da produção e do consumo.
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Já o IBC-BR do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB – que é calculado pelo IBGE. Os números oficiais do PIB do primeiro trimestre serão divulgados em 29 de agosto.
O fraco resultado do segundo trimestre deste ano já era esperado por economistas. Isso porque os componentes do PIB já haviam indicado atividade em baixa no período. O setor de serviços, por exemplo, registrou queda de 0,6% no segundo trimestre, enquanto a produção industrial teve queda de 0,7% e as vendas do comércio caíram 0,3%.
Relatório Focus
O Banco Central também divulgou nesta segunda-feira (12) o Relatório Focus com previsões para crescimento da economia, inflações, taxa de juros, entre outros indicadores. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras. Segundo o relatório, os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a previsão de crescimento da economia em 2019 – passou de 0,82% para 0,81%.
Após o tombo do PIB no primeiro trimestre, a área econômica do governo Bolsonaro começou a se movimentar para estimular artificialmente a economia. É o que explica a recente liberação de R$ 42 bilhões das contas do PIS e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com efeito em 2019 e 2020.
Se todos recursos forem sacados, o impacto sobre o PIB este ano seria de 0,26 ponto percentual e de 0,59 ponto percentual no ano que vem, estimou o Instituto Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado. Ou seja, a liberação do dinheiro acrescentaria, nos dois anos, crescimento de 0,85 ponto percentual no PIB. Mas esse cenário – de saque integral dos valores – não é o mais provável.
Da Redação, com agências
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