Campanha salarial 2019/2020: Metalúrgicos seguem na luta por aumento real

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Os metalúrgicos de Minas seguem firmes na luta por aumento salarial acima da inflação. Na reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), realizada nessa quarta-feira, 16 de outubro, entre trabalhadores e empregados, a FIEMG voltou a apresentar a proposta de 2,92% de reajuste salarial, porém, aplicados de uma só vez e retroativo a primeiro de outubro. Anteriormente a patronal havia proposto parcelar a aplicação deste índice.

Mesmo com esta pequena mudança em favor dos trabalhadores, os metalúrgicos de Minas não aceitaram a proposta, pois julgam haver grande possibilidade de conquistar aumento real.

A comissão de trabalhadores se baseia no índice de reajuste proposto para o piso salarial. A FIEMG propôs reajustar o salário de ingresso, para empresas com até 10 funcionários, em 3,5%, chegando ao valor de R$1.183,50. Para as demais faixas de piso salarial a proposta de aumento foi de 2,92%.

Em valores reais, o salário de ingresso, para empresas com até 400 funcionários, chegou em R$1.212,20, e para empresas com até mil empregados em R$1.293,60.

Pela primeira vez, durante toda a campanha salarial, a FIEMG apresentou uma proposta de abono salarial, para trabalhadores de empresas que não têm PLR, no valor de R$494,00. Se comparado com o valor do ano passado, houve reajuste de 3%.

Contra proposta

Os metalúrgicos apresentaram uma contra proposta que reivindica reajuste salarial de 3,5% e aplicação deste índice em todas as faixas de piso salarial. Abono salarial de R$520,00 e garantia de emprega até 31 de janeiro de 2020.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais retirou da mesa de negociação a proposta de escala de revezamento 6×2. As regras sobre férias serão as determinadas pela legislação trabalhista.

A FIEMG insiste em retirar da CCT o texto que garante estabilidade para trabalhadores (as) em vias de aposentar. Os trabalhadores são contra.

Os metalúrgicos rechaçaram a proposta de banco de horas da FIEMG, na visão da comissão de trabalhadores, ele representa um retrocesso ainda maior do que foi aprovado na reforma trabalhista.

Os trabalhadores defendem uma construção que proíba realizar banco de horas em pelo menos dois sábados no mês, aos domingos e feriados.

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