Com a aprovação da reforma trabalhista, o imposto sindical praticamente foi extinto. As novas regras impostas para se descontar o valor inviabiliza a arrecadação por parte das instituições sindicais.
Este imposto era a principal fonte de financiamento dos sindicatos, federações e confederações de trabalhadores e o valor representava um dia de trabalho dos trabalhadores por ano.
O principal objetivo de se acabar com o imposto sindical era enfraquecer a representação sindical. Sindicato forte incomoda o patrão, pois conquista maiores vantagens sociais e econômicas para os trabalhadores.
Atualmente as únicas fontes de financiamento da luta sindical veem dos sócios e da taxa de fortalecimento, também conhecida como desconto negocial.
A construção dos acordos da Convenção Coletiva, dos acordos coletivos, da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros somente são possíveis em entidades com estrutura, física e de pessoal qualificado. E o Sindicato dos Metalúrgicos ainda consegue manter e avançar em várias conquistas porque tem a força dos trabalhadores ao seu lado.
Além da luta politica por direitos e valorização, os recursos arrecadados são usados para manter o departamento médico do Sindicato, que hoje conta com 10 especialidades. Diariamente, 50 pacientes, em média, são atendidos no sindicato. O público que frequenta o departamento é formado por trabalhadores, da ativa e aposentado, e seus dependentes, esposas e filhos.
O Sindicato também usa este recurso para manter o seu departamento jurídico, formado por advogados experientes e capacitados em várias áreas de atuação, que atendem diariamente o trabalhador na entidade, lutando sempre em defesa dos seus interesses.
Além disso, o Sindicato mantém em sua estrutura funcionários da limpeza, administração, portaria, sindicalização, saúde do trabalhador, recursos humanos, comunicação e recepção que atendem na sede, na sub-sede, em Belo Horizonte, e no clube dos metalúrgicos.
Apresentar a carta de oposição ao desconto negocial é um direito do trabalhador, mas, ao tomar essa atitude, tenha certeza que está enfraquecendo a única ferramenta de luta em defesa dos seus direitos e interesses. Para se ter uma ideia, tem empresa que disponibiliza carro para o trabalhador trazer a carta e até abona as horas ou o dia do empregado que se desloca ao sindicato para se opor ao desconto. O patrão sabe da força que um Sindicato estruturado tem. A carta de oposição poderá ser apresentada depois que a CCT 2020/2021 for assinada. O prazo para a entrega será definido pela justiça. Ainda não foi definida a data para a assinatura acontecer e nem a audiência judicial.
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