SEMINÁRIO DE CIPA DISCUTE SAÚDE PSICOSSOCIAL DO TRABALHADOR

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Com a presença de mais de 150 trabalhadores cipistas, o seminário de CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), realizado dia 13 de abril, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, destacou, entre outras coisas, a importância de se observar o comportamento dos trabalhadores, como medida de prevenção de acidentes.

De acordo com Alexandro Anselmo, gerente do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), a observação e o dialogo com o colega de trabalho que apresenta comportamento diferente do habitual pode prevenir um acidente no chão de fábrica.

“O abalo psicológico causado no trabalhador pela pressão da chefia por cumprimento de metas, ameaça de demissão e o estresse do dia-dia de trabalho, ao longo do tempo, se não for devidamente tratado, pode resultar em acidente individual ou coletivo”, disse Geraldo Valgas, presidente do Sindimetal.

Segundo Loricardo de Oliveira, secretário geral da CNM/CUT, está em discussão na CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente) a criação de uma Norma Regulamentadora voltada para o psicossocial.

Alexandro destacou, ainda, ser fundamental, em caso de acidente, o preenchimento da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). “Além de assegurar os direitos dos trabalhadores, a CAT é usada pelo CEREST na elaboração de políticas públicas de prevenção de acidentes”.

GOVERNO NA CONTRAMÃO

Enquanto os trabalhadores lutam em defesa do fortalecimento e ampliação dos direitos e de medidas de prevenção e segurança no local de trabalho, segundo Loricardo, o atual governo federal atua na contramão, atacando e suprimindo as comissões de saúde e prevenção.

“É claro o objetivo do atual governo em retirar e flexibilizar direitos em benefício do empresariado. Prova disso é que existe a proposta de modificar a NR4, retirando o técnico de segurança contratado pela empresa e colocando um terceirizado”, lembrou Loricardo.

Segundo Loricardo, existe, ainda, uma enorme pressão do governo e do setor automotivo sobre a NR16, para modificar o termo sobre atividade perigosa. A proposta vai limitar o acesso à insalubridade e periculosidade, mas os trabalhadores seguem na luta contra a mudança.

“Conhecer e estudar permanentemente as Normas Regulamentadoras são obrigações primordiais para todo cipista. No caso de dúvida, procure o Sindicato”, reafirmou Valgas, que finalizou agradecendo o apoio da Margareth Gonçalves e Josiane Martins na organização do seminário.

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