Se o presidente Jair Bolsonaro (PL) se reeleger e mantiver Paulo Guedes no cargo, como disse que faria, o ministro planeja não reajustar os salários de acordo com os índices oficiais de inflação.
A proposta do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é de acabar com a correção do salário mínimo pela inflação oficial do Brasil, o que reduz o poder de compra de aposentados, pensionistas e trabalhadores que ganham o piso nacional.
De acordo com o plano do ministro do presidente Jair Bolsonaro, o reajuste do mínimo seria calculado “pela meta de inflação”. Dessa forma, o governo reajustaria as aposentadorias e pensões abaixo da inflação, diminuindo o poder de compra da população mais pobre. São cerca de 30 milhões de brasileiros, entre trabalhadores, aposentados e pensionistas, que recebem salário mínimo.
Para se ter uma ideia da dimensão da mudança, o INPC de 2021 teve alta de 10,16%, percentual usado na atualização do salário mínimo para R$ 1.212. Caso apenas a meta de inflação de 2022 fosse aplicada, a mínimo seria reajustado em 3,5% e o salário mínimo seria algo em torno de R$ 1.094,74.
Segundo o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, essa medida liberaria cerca de R$ 100 bilhões anuais no Orçamento da União. Desse modo, serviria pra acomodar gastos que Bolsonaro criou neste ano, com o objetivo de tentar vencer as eleições. “A população mais pobre receberia menos para pagar pelas medidas eleitoreiras.”
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