O dia 20 de novembro celebra a luta e a resistência do povo negro no combate à escravidão e ao preconceito. Criado a partir da pressão de diversos movimentos sociais, a data cumpre um importante papel de resgatar nossa história de luta, os exemplos de resistência contra a opressão e as tentativas de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A data é uma homenagem à Zumbi, último líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695. Assim como os demais quilombos criados no Brasil no período, o Palmares foi uma experiência de organização social alternativa, em que o trabalho era produzido e dividido de forma coletiva. Existiu por mais de cem anos e reuniu não somente negros escravizados em busca de liberdade, mas também povos nativos e uma parcela da população branca em condição de pobreza.
Ao contrário do que é usualmente divulgado, o fim da escravidão no Brasil não foi uma concessão do império; foi um direito arrancado pela luta dos negros escravizados. A Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888, libertou só cerca de 5% da população de escravizados. O restante conquistou a liberdade através de fugas e da formação de quilombos ou de organização de irmandades para a compra da carta de alforria.
A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania e da Superintendência de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, promove ações de conscientização em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra. Durante todo o mês, serão realizadas atividades dedicadas à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, sobre a influência do povo africano na formação cultural, social e econômica do Brasil e sobre a importância da política pública municipal para o enfrentamento do racismo e da promoção da igualdade racial.
Deixe um comentário