Repressão a movimentos grevistas, ameaças a trabalhadores, policiais infiltrados em fábricas: estas são algumas práticas de grandes empresas que colaboraram com a ditadura militar entre 1964 e 1985.
O resultado do relatório das pesquisas sobre possíveis violações de direitos humanos cometidas pela Mannesmann, Belgo-Mineira, e Embraer, durante a Ditadura Militar, será apresentado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e região (Sindimetal), dia 14 de junho de 2024, a partir das 13h00.
‘A atividade faz parte do calendário de comemorações pelos 90 anos do Sindimetal’, disse Geraldo Valgas, presidente do Sindicato.
O evento reunirá as pesquisadoras responsáveis Tayara Lemos, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marina Camisasca, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Elaine Bortone, pós-doutoranda em História na Universidade Federal Fluminense (UFF), além das vítimas, representantes de sindicatos e órgãos públicos para discutir e apresentar as possíveis violações de direitos humanos cometidas por empresas.
Em comum, segundo as pesquisas, Mannesmann (atual Vallourec), Belgo-Mineira (incorporada pela ArcelorMittal), e Embraer têm o fato de terem colaborado com os governos militares para reprimir movimentos grevistas e perseguir trabalhadores filiados a sindicatos. “A repressão à classe trabalhadora não tem outro objetivo senão reprimir qualquer tentativa de modificar o status quo”, explicou a pesquisadora Tayara Lemos.
Venha debater e contribuir para a compreensão dos impactos e das consequências da Ditadura Militar nas relações trabalhistas no Brasil!
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