OLHAR EMPRESARIAL SOBRE REDUÇÃO DE JORNADA E FIM DA ESCALA 6X1 CONSIDERA SOMENTE NÚMEROS E NÃO PESSOAS

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Setores contrários a redução da jornada de trabalho sem redução de salário e ao fim da escala 6×1 tentam criar a narrativa de que tais medidas, se aprovadas, vão influenciar negativamente no Produto Interno Bruto (PIB), no funcionamento de alguns estabelecimentos aos fins de semana e no aumento do custo das empresas.

Na realidade, quando se proporciona maior bem-estar para a classe trabalhadora todo mundo ganha, trabalhadores e empresários.

O trabalhador ganha quando tem mais tempo para cuidar da saúde, para se capacitar profissionalmente, para conviver com seus familiares, para o lazer e descanso. Consequentemente esse trabalhador produz mais, com maior agilidade e precisão. Mais produção em menos tempo e menos retrabalho resulta em maior lucratividade para as empresas.

Também não é verdade que o fim da escala 6×1 será responsável por fechar estabelecimentos aos fins de semana. Na realidade o fim dessa escala vai gerar novos postos de trabalho e será responsável por fazer a roda da economia girar.

Estabelecimento que funciona sete dias por semana vai ter que contratar mão de obra para que seja possível o conjunto dos trabalhadores ter duas ou mais folgas por semana.

A contratação de novos empregados não significa aumento de custo. A leitura que se faz é de que quanto mais aquecido está o mercado de trabalho maior é o consumo das pessoas e o faturamento das empresas.

É bom lembrar que em vários setores da economia pessoas estão sobrecarregadas no ambiente de trabalho, exercendo a função de dois ou mais trabalhadores e com salário que mal dá para pagar as contas.

Chega de trabalhar seis dias por semana, com carga diária de oito ou mais horas e com uma folga numa “terça-feira”. A vida não é só trabalho.