Os metalúrgicos de Minas recusaram proposta financeira apresentada pela FIEMG, durante reunião realizada nesta quarta-feira, 15 de outubro.
Além de oferecer um índice de reajuste salarial abaixo da inflação, a FIEMG ainda quer voltar com o parcelamento do reajuste, aplicando 2,5% em outubro e 2,5% em janeiro, sendo que o INPC acumulado nos últimos 12 meses encerrados em setembro fechou em 5,1%.
A patronal propôs um abono único e especial de R$294,00, para trabalhadores de empresas com até 10 funcionários, e R$588,00, nas empresas com mais de 10 trabalhadores. De acordo com a FIEMG, o abono é somente para empresas que não negociam PLR.
Sobre o salário de ingresso, a patronal reajustou todas as faixas com o índice de 5%, ficando R$1.703,05 nas empresas com até 10 empregados; R$1.744,20, nas empresas com mais de 10 e até 400 trabalhadores; R$1.861,35 nas empresas com mais de 400 e até 1000 funcionários; R$2.301,35 nas empresas com mais de 1000 empregados.
A proposta da FIEMG foi considerada vergonhosa pela comissão de trabalhadores e expõe mais uma vez o sentimento de desprezo dos patrões com valorização da mão de obra de quem realmente produz e encara o dia-a-dia do chão de fábrica.
A próxima reunião está agendada para o dia 22 de outubro, às 10 horas.