O movimento sindical conquistou uma nova vitória na luta contra o PL 4.330, da terceirização sem limites. Através da pressão, resistência e mobilização conseguiu suspender a votação do projeto, que estava prevista para acontecer esta semana na Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, do PMDB, garantiu que o PL ou qualquer requerimento de urgência só será discutido após a realização de uma comissão geral, espécie de audiência pública que ocorre no plenário da Câmara, ainda sem data definida para acontecer.
O debate terá a participação de trabalhadores, empregadores e instituições de Direito, como o Ministério Público e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), e será organizado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), deputado Décio Lima (PT-SC).
A Secretária de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa, apontou que a decisão é resultado da pressão da CUT, que enfrentou a truculência da segurança da Câmara para defender os interesses dos trabalhadores. Vários dirigentes sindicais foram agredidos por seguranças e policiais militares durante a manifestação pacifica na suposta “casa do povo”.
“O trabalho da nossa militância foi extraordinário e fez com que os deputados suspendessem a votação e ainda criássemos espaço para aprofundar esse debate. Durante todo o tempo discutimos em uma mesa quadripartite com a faca no pescoço e agora lutaremos para que o projeto seja retirado da pauta para fazermos uma verdadeira negociação sem prazo de validade”, explicou a secretária.
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