Nos dias 17, 18 e 19 de maio, no SESC de Venda Nova, aconteceu a 13ª Plenária Estadual da CUT-Minas com o tema “OUTRA MINAS É POSSÍVEL”. No evento foram amplamente debatidos os problemas de sindicatos filiados a central no Estado, bem como o quadro político e econômico de Minas Gerais.
Foi feita uma análise profunda sobre a conjuntura internacional, nacional e estadual. Em outubro deste ano vão ocorrer eleições gerais em todo país, ou seja, mais uma vez teremos uma disputa de projetos de governo em questão.
Nós entendemos que governo estadual pratica uma política que amordaça a imprensa mineira, corta verbas para o setor público e sequer faz um debate com as organizações sindicais e sociais a respeito de um salário mínimo estadual.
Este mesmo governo usa da repressão militar para interferir em conflitos trabalhistas e quer colocar em prática a privatização das estatais como a CEMIG e a COPASA. Não busca de nenhuma forma ampliar o parque industrial do Estado investindo em formação tecnológica democrática e de integração das populações mais carentes, como é a região nordeste de Minas Gerais.
Além de tudo ficamos muito assustados em saber que as mineradoras de Minas, no último ano, arrecadaram cerca de 144 bilhões de reais e só repassaram ao Estado cerca de 1,5 bilhões como pagamento dos royalties.
Esses valores deveriam ser investidos nas questões sociais como saúde, educação, segurança pública e outros. Sabemos que o governo de Minas Gerais gastou mais de um bilhão em propagandas de TV e rádio, o que ao nosso entender não resolve absolutamente nada para o povo mineiro.
Diante deste quadro, entendemos que uma mudança urgente se torna necessária em nosso Estado. Afinal esperamos que Minas tenha um governo democrático, progressista e com participação popular em todas as suas instâncias, seja no legislativo, executivo e judiciário e isso só será possível quando as organizações sociais de Minas puderem, de alguma forma, serem ouvidas pelo governo estadual.
Entendemos, na verdade, que só poderá ocorrer um verdadeiro crescimento econômico em nosso Estado quando este for seguido de um desenvolvimento social e com justiça na divisão da renda.
Portanto, devemos estar atentos às eleições de outubro deste ano, afinal será o momento onde decidiremos a direção que nosso Estado vai seguir.
De um lado um projeto de governo conservador e neoliberal, ou seja, o governo que está na situação. Do outro um projeto democrático e popular que tem como meta avançar nas questões sociais e no desenvolvimento econômico de Minas, seguido de desenvolvimento social para todo nosso imenso estado, inclusive para a região nordeste.
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