Sem avanços nas negociações dos metalúrgicos de Minas

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Na última reunião de negociação da CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA 2015, os patrões aumentaram a proposta anterior em só 1% , mas mesmo assim ela continua parcelada e com banco de horas. Ou os patrões estão fazendo palhaçada ou estão querendo fazer os trabalhadores e o Sindicato de palhaços. Ou ainda pior, estão tratando os metalúrgicos de Minas como trabalhadores de segunda categoria

Só pode ser, pois até agora, quase três meses depois da entrega da pauta de reivindicações, eles ainda não apresentaram uma proposta séria, que fosse possível ser aprovada pela categoria. Na última reunião realizada na quinta-feira (22) eles aumentaram em 1% (isso mesmo) a proposta vergonhosa que tinham apresentado anteriormente.

Estão propondo agora um reajuste nos salários de 3,5% ou 4% em outubro de 2015 (dependendo da quantidade de funcionários da empresa) + 1% em fevereiro e + 1% em maio de 2016. Mas para conceder esse reajuste rebaixado, eles ainda exigem que os trabalhadores aceitem a implementação do banco de horas na categoria por dois anos. Só pode ser palhaçada mesmo!

Como não podia ser diferente, em assembléia realizada no Sindicato na última quinta-feira, os trabalhadores rejeitaram por ampla maioria essa proposta vergonhosa. Nenhuma categoria de trabalhadores no Brasil fechou acordo este ano com uma proposta tão ruim como essa.

Já se passaram quase três meses desde a entrega da pauta, mas até agora as propostas apresentadas pelos patrões praticamente repõem apenas a metade da inflação do período. A próxima rodada de negociação foi agendada para o dia 04 de novembro.

Essa postura patronal na mesa de negociação exige uma resposta dura dos trabalhadores. Precisamos organizar nossa luta para responder a altura essa provocação.

Metalúrgicos de Minas com quase 10% de perda salarial

Um levantamento sobre a evolução salarial, entre outubro de 2014 e setembro de 2015, feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostrou que os trabalhadores metalúrgicos de Minas Gerais tiveram uma perda de quase 10% nos salários.

De acordo com o estudo, o ICV-DIEESE e o INPC-IBGE apresentaram uma variação de, respectivamente, 9,96% e 9,90%. Já os salários receberam ZERO% de reajuste nesse período.

Em virtude disso, os trabalhadores mantêm atualmente apenas 90,94% do poder aquisitivo, o resto foi “engolido” pela inflação.

Para que os salários pelo menos retornem ao mesmo poder de compra que tinham em outubro de 2014, é preciso que nesta campanha salarial, o reajuste conquistado pela categoria seja igual ou maior a 9,96%.

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