Metalúrgicos da CUT propõem Dia Nacional de Mobilização

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O Conselho Diretivo da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) aprovou, no final da tarde desta terça-feira (5), resolução propondo a realização de um Dia Nacional de Mobilização Popular contra o Golpe e em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores. A proposta será apresentada à CUT ainda esta semana.

Além disso, a direção da entidade aprovou também que os sindicatos dos metalúrgicos da CUT devem participar de maneira efetiva do ato que a CUT e as demais centrais sindicais vão realizar no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, em data a ser definida.

Outra resolução foi a de incentivar os metalúrgicos a realizarem suas campanhas salariais unificadas com outras categorias filiadas à CUT e que o combate à corrupção integre as pautas. “Defendemos intransigentemente o combate efetivo à corrupção e que os (as) trabalhadores (as) não devem, de forma alguma, ‘pagar por essa conta’ com demissões e perda de direitos trabalhistas, como vem ocorrendo, por exemplo, na Operação lava Jato. Portanto, propomos o acordo de leniência e que seja efetivada a prisão dos corruptos, mas sem a destruição dos empregos”, diz a Confederação na resolução aprovada.

Diagnóstico do ramo

A reunião do Conselho Diretivo da CNM/CUT foi iniciada na manhã de ontem (5). Ao longo dos dois dias, os dirigentes também debateram as campanhas salariais já realizadas e as perspectivas das que acontecem no segundo semestre.

O economista André Cardoso, técnico da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da CNM/CUTT, fez uma exposição sobre a conjuntura econômica mundial e nacional.

Além disso, Cardoso apresentou um diagnóstico do ramo metalúrgico no Brasil focado na evolução do emprego. O estudo tomou por base a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, e revelou que foram fechados 335.742 postos de trabalho, no período compreendido entre janeiro de 2015 e abril de 2016.

Ainda segundo o levantamento, o segmento mais afetado foi o de siderurgia e metalurgia básica, que fechou 86.986 postos de trabalho, seguido pelo automotivo (-76.818), bens de capital (-74.440), eletroeletrônico (-72.374), naval (-20.646), outros equipamentos transportes (bicicleta, motos etc) (-4.445) e aeroespacial (-33).

O economista também apresentou os principais focos de instabilidade no cenário internacional que afetam diretamente a indústria nacional. Entre eles, estão a desaceleração da economia na China, a queda das cotações das commodities, a situação financeira dos bancos dos países centrais, a queda da bolsa de valores e dos preços internacionais de diversos produtos importantes na estrutura produtiva brasileira.

“A economia da China, que hoje é maior parceiro comercial do Brasil, apesar de ainda crescer acima da média, continua em desaceleração e voltando-se cada vez mais para o mercado interno. E isso impacta negativamente e diretamente os países exportadores de commodities, especialmente as de origem mineral, como o Brasil”, afirmou o economista da Subseção do Dieese da CNM/CUT.

Fonte: CNM/CUT

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