FNDC e Secretaria de Direitos Humanos realizam projeto “Multiplicadores da Democracia”

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O Comitê Mineiro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC-MG) e a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac) realizaram dos dias 13 a 16, em Belo Horizonte, o projeto “Multiplicadores da Democracia”. A iniciativa, que aconteceu no Othon Palace Hotel, visa qualificar coletivos, ONGs, movimentos sociais e redes temáticas para elaboração de propostas voltadas para rádios comunitárias, rádio web, TVs e web TVs, além de outros veículos eletrônicos que contribuam com a democratização da mídia. Os participantes aprovaram a Carta ao Governador, com reivindicações que serão encaminhadas ao Governo do Estado e a Carta Compromisso e a Plataforma, com propostas construídas por grupos que representam todas as regiões de Minas Gerais.

Fonte: CUTMG

O encontro reuniu 60 pessoas representando 14 dos 17 territórios mineiros de desenvolvimento, CUT/MG, sindicatos CUTistas, centrais sindicais, movimentos sindical, sociais e populares, como o MST e o MAB. Os participantes conheceram e trocaram experiências sobre os aspectos fundamentais para a criação de rádios e TVs comunitárias, Plano Nacional de Outorgas e o Canal de Cidadania, aspectos técnicos e outras práticas para o desenvolvimento de habilidades coletivas e individuais para a produção, organização de grade de programação e distribuição de conteúdos informacionais.

Para Florence Poznanski, secretária geral do Comitê Mineiro do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC-MG), é possível criar uma rede de comunicadores alternativos reunindo jovens de vários territórios de Minas Gerais para formar e capacitar grupos levando conhecimento e possibilidades de buscar outorgas para sua região. “A mídia pública possibilita o acesso à informação e a partir disso cada cidadão pode construir livremente sua opinião. O acesso ao confronto de informações faz a pessoa se tornar consciente e atuante na democracia.”

“O objetivo do curso é qualificar agentes da comunicação comunitária e de representantes das diversas regiões do Estado e auxiliar na disputa de redes alternativas de comunicação. O curso também tem como viés o enfrentamento com a mídia hegemônica e construir propostas a partir da troca de experiências, com conhecimento das práticas dos veículos alternativos, como as rádios comunitárias”, disse Daniel Perini, da Subsecretaria de Participação Social (Sedpac).

O secretário Nilmário Miranda, que participou da abertura do encontro, disse que a criação de mídias alternativas é fundamental para os direitos humanos, conseguindo assim ampliar as possibilidades de ideias e projetos na luta contra a discriminação e o preconceito contra os pobres, negros, comunidade LGBT, mulheres e outros tipos de discriminação.“Aqui no Estado estamos fazendo diferente. Se no país vem crescendo o retrocesso, a intolerância, o ódio e a discriminação, Minas Gerais caminha no sentido inverso, construindo pautas democráticas. Não há democracia sem direitos humanos e nem direitos humanos sem democracia”, enfatizou o secretário.

No encontro, além dos debates, os inscritos participaram de oficinas práticas de rádio web, mídia livre e reportagens especiais, e foram capacitados em temas relativos à produção audiovisual e radiofônica comunitária, rádio e TV web, canal da cidadania, entre outros para assim construir uma rede de comunicadores alternativos. As oficinas foram coordenadas por Carlos Costa Cox, do Movimento Pirata; Mariana Gualberto e Rayana Bartholo (ONG Internet Sem Fronteiras-Brasil) e Talles Lopes, do Fora do Eixo. Participaram dos debates Renan Fernandes Pereira (Juventude Rural Organizada); Decanor Nunes (Articulação do Semi-árido Brasileiro – ASA); José Francisco Seniuk (Departamento de Telecomunicação do Estado); Inês Fortes (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço);Amanda Drummond (Universidade Federal de Minas Gerais); e Joana Tavares, do jornal Brasil de Fato

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