Minas Gerais para contra as reformas e para gritar “Fora, Temer” e “Diretas, já”

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Com uma adesão maciça das categorias e com a mesma força do movimento de 28 de abril, Minas Gerais parou nesta sexta-feira (30), com a Greve Geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG) juntamente com as outras centrais sindicais e com apoio dos movimentos sociais, populares e estudantis. Os grevistas contaram também com apoio de representantes do Movimento Nacional dos Catadores, que participam de atividade em Belo Horizonte, e dos trabalhadores sem-terra do Pará, vítimas de chacina cometida pela Polícia Militar em maio, em Pau D’Arco. A mobilização contra as reformas da Previdência e trabalhista, a terceirização, as pautas golpistas e por “Fora, Temer” e “Diretas, já” teve trancaços nas rodovias do Estado, manifestações e atos na capital e em 34 cidades do interior.

Apesar da estrutura montada no local para a festa junina Arraiá de Belô, a concentração em Belo Horizonte começou na Praça da Estação, na Região Central, com as entidades CUTistas, seguida de marcha até a Praça Sete, onde as demais centrais realizavam manifestações. Após ato conjunto, em torno de 50 mil trabalhadoras e trabalhadores de todos os setores seguiram para a Assembleia Legislativa (ALMG), onde foi realizada uma Audiência Pública sobre a reforma trabalhista. No percurso até a ALMG, os manifestantes dialogaram com a população sobre os efeitos das reformas, especialmente a trabalhista, que deve ir ao plenário do Senado na próxima semana, depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“Nosso balanço é, novamente, positivo. Estão aqui aqueles que estiveram na luta no dia 28 de abril. Trabalhadoras e trabalhadores dos bancos estatais e privados, dos Correios, da Petrobras, do Metrô, da agricultura familiar, assalariados e assalariadas rurais, metalúrgicos, servidores públicos municipais, servidores estaduais da saúde, da educação, da Cemig, da Copasa, da Justiça, servidores públicos federais, técnico administrativos da UFMG, do nstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMG), Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet-MG) e da Universidade Federal dos Vales de Jequitinhonha e Mucuri (IFVJM). A diferença é que hoje não ficaremos encharcados, como no dia 28 de abril, quando enfrentamos chuva o dia inteiro e, mesmo assim, fizemos valer a nossa força”, declarou a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira.

Durante a concentração na Praça da Estação e no ato na Praça Sete, Beatriz Cerqueira lançou uma campanha contra os senadores por Minas Gerais. “Nossa campanha é de questionamento dos senadores. Se eles votarem a favor da reforma trabalhista serão os assassinos da classe trabalhadora e da população brasileira. E isso não vai ficar assim.”

Truculência da PM em Uberlândia

A presidenta da CUT/MG denunciou mais um ato de truculência da Polícia Militar de Minas Gerais contra o movimento sindical. “Hoje, o presidente da CUT do Triângulo Mineiro, Luiz Sérgio dos Santos, o Luizão, foi preso durante uma manifestação contra a presença, em Uberlândia, do ministro da Saúde golpista, Ricardo Barros. Um ovo atingiu o deputado federal Tenente Lúcio, que votou contra nós a favor da reforma trabalhista, e os militares reprimiram os manifestantes. É incrível como a PM é seletiva. Não procurou saber até hoje quem é responsável por um helicóptero com 500 quilos de cocaína, mas criminaliza os movimentos sociais. É um absurdo que um governador que se comprometeu a não mais criminalizar as lutas dos movimentos sindical e sociais no Estado permite que isso continue a acontecer.”

MST libera pedágio em Itatiaiuçu

Na manhã desta sexta-feira (30), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra aderiu às manifestações da Greve Geral abrindo as cancelas do pedágio na BR 381, na altura do município de Itatiaiuçu.

São 600 trabalhadores e trabalhadoras que exigem o fim da retirada de direitos pelo governo golpista, se somam ao anseio da sociedade pelo “Fora Temer” e pela restauração da democracia através eleições diretas.

Fonte: CUTMG

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