Ato público e marcha em defesa da educação

postado em: Notícias | 0

Depois de encerrados os trabalhos no IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, na sexta-feira (17), os participantes marcharam pelas principais ruas do centro de Belo Horizonte em defesa da educação pública e contra a mercantilização e privatização na área, marco histórico da luta pela liberdade do povo mineiro. A manifestação foi organizada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) e pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) realizaram. A concentração começou às 14 horas, na Praça Afonso Arinos e a marcha seguiu até a Praça Sete, onde foi encerrada.

Com balões, bandeiras e falas de ordem como o “Fora Temer” e “todos os corruptos que estão no poder”, os educadores encerraram uma semana de reflexão, debates e resistência às medidas dos governos autoritários e ilegítimos que atuam na América Latina em favor do mercado financeiro mundial. Ao final da marcha, os educadores fecharam a Praça Sete de Setembro por alguns minutos para dar o recado ao povo de Belo Horizonte e do Brasil.

Essa mobilização reuniu educadores e educadoras que participaram, desde o dia 15 de novembro, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, do IV Encontro Pedagógico LatinoAmericano.

O evento foi organizado pela IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), em conjunto com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), e com o apoio de Larärforbundet, da Suécia, e Utdannings Forbundet, da Noruega. Teve início dia 15 e terminou dia 17 de novembro, com o tema “Democracia e Resistência: Educação Pública em Luta”.

Participaram desse encontro cerca de 800 pessoas de 21 países e a maior delegação é a de Minas Gerais, sob coordenação do Sind-UTE/MG. Durante a Marcha, a vice-presidenta da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, afirmou que o Encontro LatinoAmericano foi uma grande oportunidade para o debate ampliado acerca da educação pública que todos e todas querem. Ela afirmou que assim no Brasil, outros países da América Latina também vivem momentos difíceis, em que a educação é seriamente atacada. Mas que a resistência da classe trabalhadora unida é capaz de enfrentar essa situação.

A vice-presidenta da Internacional da Educação (Ieal), Fátima Silva, disse que o IV Encontro Pedagógico LatinoAmericano mostra a força da educação e dos profissionais desse segmento na América Latina.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, falou durante a abertura oficial do IV Encontro Pedagógico LatinoAmericano e denunciou os ataques que a educação vem sofrendo. Também criticou a violência contra as mulheres, a intolerância e os ataques aos templos de tradições da matriz africana.

Os participantes do IV Encontro aprovaram na sexta-feira (17) a Declaração de Belo Horizonte, que vai indicar o rumo das políticas das organizações sindicais dos países da América Latina e teve como destaque a convocação de uma jornada de luta latino-americano para enfrentar a privatização e a mercantilização da educação.

O documento final reafirmou que o Movimento Pedagógico Latino-Americano assume o desafio de construir coletivamente os fundamentos de uma proposta de educação enraizada na cultura e na tradição política da educação como ferramenta para atender os setores populares.

Fonte: CUTMG

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

14 − onze =