Propaganda enganosa de Temer sobre a Previdência

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O golpe contra os trabalhadores e as trabalhadoras só vai terminar quando a população tirar do governo a turma que usurpou a Presidência da República. Todos os dias a sociedade fica sabendo de um novo saque aos cofres públicos e um novo ataque aos direitos da classe trabalhadora. A notícia negativa desta quinta-feira (30) é que, aprovar a nova proposta de Reforma da Previdência, o governo do ilegítimo e golpista Temer decidiu liberar mais R$ 72 milhões de reais em propaganda para convencer a população a concordar com a proposta que, entre outras maldades, vai reduzir o valor do beneficio, especialmente dos trabalhadores e das trabalhadoras que ganham menos e passam mais tempo desempregadas, sem carteira assinada e sem direitos, portanto, sem contribuir com o INSS. Ele já havia gasto R$ 92 milhões com o mesmo objetivo quando tentou aprovar a primeira proposta e não conseguiu por causa da rejeição da população ao desmonte da Previdência, como apontou pesquisa CUT-Vox Populi.

“É uma farra publicitária”, diz o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, sobre os R$ 171 milhões de dinheiro do povo que Temer está torrando em publicidade enganosa.

As peças publicitárias dizem que o objetivo da reforma é combater os “privilégios” porque “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”, acrescenta o presidente da CUT, Vagner Freitas, que critica mais essa mentira do governo.

“É um verdadeiro 7 x 1 diário. As propagandas nada mais são do que outro engodo de Temer, mais uma mentira deslavada de um governo ilegítimo e corrupto, que só apresentou propostas de retirada de direitos sociais e trabalhistas desde que assumiu no ano passado”, reage Vagner.

“Se o governo quisesse mesmo cortar privilégios, começaria cortando benefícios como o de Temer, que se aposentou aos 55 anos e ganha mais de R$ 30 mil por mês”, argumenta Vagner, lembrando que, com a reforma Trabalhista já em vigor, muitos brasileiros não conseguirão se aposentar porque terão subempregos, serão contratados sem carteira assinada, como terceirizados ou trabalhadores intermitentes.

Para o diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, a “Reforma da Previdência não é assunto de propaganda. É algo para ser discutido democraticamente e com profundidade, incluindo toda a sociedade, e, sobretudo, por um governo eleito democraticamente pelo voto popular e não por um golpista, como bem disse Vagner ontem em Brasília”.

“O governo Federal está fazendo propaganda enganosa. Os grandes absurdos da Previdência Social brasileira, como, por exemplo, a aposentadoria dos juízes, que se aposentam com privilégios estratosféricos, não estão sendo alterados nessa reforma”, diz Coimbra.

O diretor Executivo da CUT, Júlio Turra, também reagiu de forma indignada. Para ele, o governo fazer propagandas que escondem que os trabalhadores e as trabalhadoras terão perdas enormes como vimos na matéria “Temer quer aprovar novas e perversas regras na aposentadoria” -, publicada no site da CUT esta semana “é um escândalo. Um absurdo”.

“O governo está gastando dinheiro público para atacar o direito dos trabalhadores à aposentadoria, além de mentir descaradamente nessa propaganda enganosa”.

É por isso essa e outras que as CUT e demais centrais convocaram uma greve nacional para o dia 5 de dezembro, diz Vagner.

“Só a mobilização popular, a ocupação das ruas e uma ampla mobilização vai fazer os deputados recuarem e não aprovarem mais essa perversidade contra a classe trabalhadora”, alerta o dirigente que conclama a sociedade para aderir a luta que é pela aposentadoria de quem está no mercado de trabalho e de quem vai entrar no futuro.

Justiça suspende propaganda enganosa de Temer sobre a Previdência

A juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, percebeu a manipulação nas propagandas do governo de Michel Temer (PMDB-SP) sobre a reforma da Previdência e decidiu suspender a veiculação de todos os anúncios da campanha, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

A magistrada, que deferiu pedido de tutela antecipada feito pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), entendeu que a campanha do governo é, na verdade, “uma genuína propaganda que objetiva conduzir a população à aceitação da reforma da previdência, tal como idealizada pelo executivo”.

A juíza afirmou que as peças publicitárias apresentam “um ponto de vista e conceito que, a despeito de nada informar, propaga ideia que compromete parcela significativa da população com a marca de ter privilégios”, em referência ao ataque do governo aos servidores públicos.

“Não bastasse, ainda veicula desinformação no sentido de que haverá mais recursos para a área social, visto que não se confundem as fontes de custeio”, argumentou a juíza, que, em outro trecho do documento afirma: “a notícia leva a população brasileira a acreditar que o motivo do déficit previdenciário é decorrência exclusiva do regime jurídico do funcionalismo público. Essa diretriz conduz a população ao engano de acreditar que apenas os servidores públicos serão atingidos pela mudança.”

Fonte: CUT

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