A contraproposta financeira apresentada pela FIEMG durante reunião realizada nessa quinta-feira, 14 de outubro, com os metalúrgicos de Minas, foi um pouco melhor que a primeira, mas ainda representa perdas no poder de compra do trabalhador.
A patronal propôs um reajuste de 10,78% parcelado em três vezes, sendo 4,5% aplicado no salário de novembro deste ano, 4% em fevereiro e 2,28% em abril de 2022, para quem ganha até R$6.726,65.
Mesmo que a proposta represente 100% da inflação acumulada nos últimos 12 meses encerrados em setembro, o parcelamento até abril do ano que vem vai resultar em perdas financeiras para o trabalhador.
ABONO ÚNICO E ESPECIAL
Depois de muita luta dos trabalhadores, a FIEMG recuou na tentativa de retirar o abono único e especial para quem não recebe PLR e ofereceu o valor de R$222,00 parcelado em duas vezes, R$111,00 em fevereiro e março, para empresas com até 10 empregados, e R$444,00, também em duas parcelas, para empresas com mais de 10 trabalhadores.
PISO SALARIAL
De acordo com a proposta da patronal, o piso salarial será reajustado seguindo as mesmas regras da recomposição salarial. Isso pode resultar num salário de ingresso dos metalúrgicos inferior ao salário mínimo.
A comissão de trabalhadores que negocia a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT 2021/2022), dentro da campanha salarial unificada dos metalúrgicos de Minas, vão se reunir para analisar a proposta da FIEMG e debater estratégias para evitar que o trabalhador sofra ainda mais prejuízos.
Uma nova reunião com a patronal está marcada para sexta-feira, 15 de outubro, às 10h00.
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