Saber identificar as diversas práticas de assédio moral e sexual no local de trabalho é fundamental para se construir uma denúncia consistente e punir os agressores, ressaltou Dra. Sônia Toleto, procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), durante sua participação no 11º Encontro de Mulheres Metalúrgicas 2025.
O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, no domingo, 6 de abril, em comemoração ao dia Internacional da Mulher, e reuniu mais de 200 trabalhadoras.
Este ano o tema do encontro foi Combate ao Assédio Moral e Sexual. Conhecimento é Poder.
Segundo a Dra. Sônia, assédio moral e sexual no trabalho são condutas que violam a dignidade e integridade da pessoa. Ela cita como exemplos de assédio moral: humilhação, constrangimento, terror psicológico, vigilância excessiva, advertências sem justa causa, desconsideração de opiniões, entre outros.
Rita de Cássia Evaristo, do projeto Elas por Elas, que também participou do encontro, destacou algumas práticas consideradas assédio sexual: provocações sexuais inoportunas, insinuações sexuais, contato físico inadequado, comentários ou piadas de cunho sexual, exposição a materiais pornográficos, condicionamento de vantagens profissionais a favores sexuais, chantagem para permanência ou promoção no emprego e etc.
De acordo com elas é primordial reunir provas contra o agressor. “Na maioria das vezes as práticas de assédios moral e sexual são cometidas quando a vítima está sozinha. Gravar as conversas com o celular e printar diálogos pelo Whatsapp e e-mail são alternativas para confrontar o agressor”, disse Rita.
O encotro foi organizado pela secretária de mulheres do Sindicato, Margareth Gonçalves e contou com a presença de toda a diretoria do Sindicato e a participação da vereadora do Partido dos Trabalhadores (PT) mais votada da história de Contagem, Adriana Souza.
No site do Ministério Público do Trabalho (www.prt3.mpt.mp.br) tem um canal de denúncia anônima.
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