Aumento real SIM! Banco de horas NÃO!

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Em quase três meses de negociação, a patronal até agora só apresentou uma única proposta aos trabalhadores. Mesmo diante dessa postura dos patrões, para mostrar disposição de avançar na negociação, na mesa, nossos representantes reajustaram nossa reivindicação de aumento salarial, que era de 13%, primeiro para 12% e depois para 10%. No entanto, os patrões mantiveram sua intransigência e não mexeram “nenhuma virgula” na proposta de reajuste de 5,9%, na sua melhor faixa, que eles apresentaram na 1ª rodada de negociação.

Na última reunião eles ainda tiveram a cara de pau de dizer que só iriam aumentar a proposta se a categoria aceitasse o banco de horas. A atitude mostra uma situação muito grave: de que fica evidente que o problema não é dinheiro, pois eles estão em condições de pagar mais do que estão propondo agora, “basta” que a gente aceite o que eles querem, ou seja, o banco de horas. Isso não é negociação! É chantagem!

O que precisa ficar bem claro aqui é que em campanha salarial o que se negocia é a pauta apresentada pelos trabalhadores. Mas os patrões estão querendo inverter essa lógica. Querem “jogar nossa pauta para escanteio” e negociar a pauta deles, Ora, somos nós que precisamos melhorias nos salários e condições de trabalho. Eles já tem os lucros, que não são nenhuma mixaria.

Em outras palavras, o que os patrões de Minas estão querendo é discutir a pauta deles para massacrar de vez os trabalhadores metalúrgicos mineiros, que já recebem um salário três vezes menor que o que recebe um metalúrgico de São Paulo, por exemplo.

Categorias que fecharam acordo pela campanha salarial nas últimas semanas como bancários, metalúrgicos de São Paulo e Bahia, trabalhadores dos Correios, entre outros, conquistaram reajuste com 2% ou mais de aumento real. Enquanto isso a FIEMG, ou seja, os patrões de Minas oferecem praticamente ZERO de aumento real, além de um “pacote de maldades” como banco de horas, redução do pagamento no percentual das horas extras e até uma ridícula proposta de parcelamento de férias em três períodos.

Isso para trabalhadores de empresas com mais de 50 empregados. Para trabalhadores de empresas com menos de 50 trabalhadores a proposta é pior ainda, pois nem a reposição da inflação eles irão receber.

Companheiros e companheiras, essa proposta mixuruca e indecente dos patrões demonstra que eles não estão nem um pouco preocupados em dar o seu aumento de salário que você tanto precisa. Isso significa que eles não te valorizam e nem te respeitam. Então, agora chegou a hora de “fazer alguma coisa”, ou você está satisfeito com essa proposta vergonhosa? “Fazer alguma coisa” significa intensificar a mobilização, aumentar as paralisações e partir para a greve, não há outro caminho. Patrão ganancioso só entende a linguagem da máquina parada. Só quando sua produção para e seu lucro diminui é que ele se dispõe a negociar de verdade.

Por isso, venha à assembleia na próxima quinta-feira (24). Vamos lotar o Sindicato para dizer NÃO ao banco de horas, NÃO ao 5,9%, repudiar a postura dos patrões na mesa de negociação e dar inicio a organização no local de trabalho para preparar a greve.

Chegou a hora companheiro de você se envolver com força nessa luta junto com o Sindicato, pois é seu salário, sua saúde, a melhoria das condições de vida da sua família que estão em jogo. Venha, lute conosco! Juntos podemos e vamos vencer esta batalha!

Assembleia Geral
Para dizer NÃO ao Banco de Horas, exigir aumento real e organizar a luta dentro da fábrica.
Quinta, 24 de outubro, às 18h, no Sindicato (R. Camilo Flamarion, 55 – Jardim Industrial)

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