Metalúrgicos do RS intensificam mobilização para garantir aumento real de salário

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Data-base é 1º de maio, mas setor de metalurgia ainda não apresentou proposta que garanta ganho acima da inflação. Passeatas, mobilizações e greves parciais têm sido resposta dos trabalhadores.

Metalúrgicos de várias regiões do Rio Grande do Sul intensificaram sua mobilização de campanha salarial para pressionar os empresários do setor de metalurgia a apresentarem proposta decente de reajuste salarial. A data-base da categoria é 1º de maio e até agora as negociações com este setor não avançaram.

Na última quarta (09/07), mais de 1.600 trabalhadores do Distrito Industrial de Cachoeirinha (da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre) participaram de uma grande passeata. A manifestação reuniu metalúrgicos que trabalham em cinco empresas do Distrito: Parker, Fallgatter, Elster, Koch e Ecoplan.

Na quinta (10/07), foi a vez dos trabalhadores na Hidrojet, na capital gaúcha, protestarem contra a intransigência empresarial, paralisando suas atividades pela manhã.

Os metalúrgicos de Porto Alegre estão em estado de greve desde o último dia 3, quando essa proposta foi aprovada em assembleia geral da categoria.

Também em Sapiranga, na manhã de ontem os trabalhadores na Metalúrgica Loth atrasaram a entrada na fábrica em uma hora. Na véspera, o mesmo aconteceu na Metalsinos, quando 400 metalúrgicos ficaram do lado de fora da fábrica para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. No início do mês, as mobilizações atingiram outras empresas, como a Dream Fitness.

Pressão por empresa

O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Jairo Carneiro, informou que as mobilizações estão acontecendo em todas as regiões para que os trabalhadores no setor de metalurgia consigam encerrar sua campanha salarial. “Nos dois outros segmentos – reparação de veículos e máquinas agrícolas – a campanha foi encerrada com sucesso e os metalúrgicos asseguraram aumento salarial de 8%”, destacou, lembrando que o INPC de maio foi de 5,81%.

Segundo o sindicalista, uma maneira de pressionar a entidade patronal do setor tem sido buscar acordos por empresa. “Em Canoas, por exemplo, 75% dos trabalhadores na metalurgia já asseguraram reajuste de 8%, graças às mobilizações que asseguraram acordos por fábrica”, assinalou Carneiro.

O presidente da Federação explicou ainda que praticamente em todo o Estado os metalúrgicos estão em campanha salarial. “O setor de metalurgia está presente em toda base. E, além disso, há sindicatos que estão começando agora a campanha, como o de São Leopoldo, cuja data-base é 1º de julho”, ressaltou.

Fonte: CNM/CUT

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