Enquanto o governo do golpista Michel Temer derrete em denúncias de ministros ligados a casos de corrupção, além do próprio, citado em denúncia nas investigações da operação lava-jato, a solidariedade internacional cresce em defesa de democracia no país.
Entre os dias 26 e 30 de maio, em Washington (EUA), a Coalização dos Sindicalista Negros (CBTU), organização que representa trabalhadores nos Estados Unidos e Canadá, manifestou repúdio ao repúdio e apelou ao presidentes estadunidense (Barack Obama) e ao primeiro-ministro do Canadá (Justin Trudeau) para que não reconhecessem o governo ilegítimo.
A instituição apontou ainda a necessidade de os governos se posicionarem favoráveis á reintegração do governo democraticamente eleito pelo povo.
A CBTU é uma organização com predominância de afro americanos e uma das maiores entidades sindicais norte-americanas. Surgiu num momento em que os trabalhadores negros não poderiam se filiar a sindicatos que tivessem não negros.
Secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Nogueira, participou do encontrou ao lado da secretária adjunta de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais, Rosana Sousa Fernandes, e apontou que o mundo do trabalho não concorda com as artimanhas para frear e retirar as conquistas da classe trabalhadora no Brasil.
“A resolução foi aprovada sem nenhum voto contrário, o que mostra o apoio, em peso, à retomada da democracia. Isso se deve muito ao trabalho da AFL-CIO (Congresso de Organizações Industriais), que tem uma representatividade no país, e faz com que as organizações a ele filiadas não fiquem dependentes do discurso da velha mídia”, explicou Maria Júlia.
Na nota, a CBTU aponta que o “novo gabinete do governo instalado pela direita é majoritariamente rico, branco e masculino” e que “seu programa econômico inclui a redução das leis trabalhistas através da permissão aos empregadores de terceirizarem qualquer emprego, cortando benefícios e elevando a idade para a aposentadoria dos trabalhadores, vendendo petróleo e outras indústrias nacionais a empresas multinacionais e retirando das comunidades afrobrasileiras (quilombos) os tradicionais direitos da terra.”
Fonte: CUT
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