Parlamentares da oposição ao governo entregaram representação ao Ministério Público solicitando que apure possíveis crimes de concussão, advocacia administrativa e improbidade administrativa cometidos pelo presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP). O pedido foi entregue na tarde desta segunda-feira (28) e contou com a presença da maioria dos congressistas das bancadas petista e do PCdoB. Esta é a primeira ação dentre uma série de medidas que serão tomadas para frear a agenda de retiradas de direitos da classe trabalhadora, imposta às pressas pelos invasores do Palácio do Planalto, após articularem o golpe de estado parlamentar-midiático.
Segundo nota, a bancada da oposição considera que o presidente golpista “se imiscuiu em assunto privado envolvendo dois Ministros de Estado e que ele próprio admitiu a irregularidade neste domingo (27), ao afirmar que pretendia encaminhar o assunto à Advocacia Geral da União (AGU)”. Ainda de acordo com os senadores, o pedido de impeachment de Temer será encaminhado à Câmara dos Deputados até quinta-feira (01) por meio das entidades das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além da entrega de pareceres de juristas renomados que estão mobilizados para denunciar o crime de responsabilidade cometido pela articulação golpista que assaltou o Planalto.
Para o senador Lindberg Farias (PT-RJ), a renúncia é o caminho mais fácil para que o país saia da crise política e econômica gerada a partir da destituição da presidenta legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos, Dilma Rousseff. “Esse Congresso Nacional não tem autoridade para eleger um presidente da República de forma indireta”, enfatizou. A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) avaliou que as medidas estruturais que estão sendo impostas ao país “irão comprometer o emprego e a vida de todos brasileiros”.
Também na tarde de hoje o Psol protocolou o primeiro pedido de impeachment de Temer na Secretaria Geral da Mesa da Câmara dos Deputados. O documento assinado pelo presidente do partido, Raimundo Luiz Silva Araújo, alega que Temer cometeu crime de responsabilidade no caso que levou à queda de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro da Secretaria de Governo, e pedido de demissão do diplomata Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura no pós golpe.
Acusado de ter pressionado o então ministro da Cultura para liberar a obra de um prédio onde comprou um apartamento em Salvador/BA, avaliado em R$ 2,4 milhões, Geddel pediu demissão do cargo na sexta-feira (25), depois de uma semana tentando se segurar no cargo. Ele só saiu depois que Calero depôs na Polícia Federal sobre as pressões sofridas por Geddel, Temer e pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que também pressionou o colega da Cultura para interceder em favor da obra irregular ligada a Geddel.
Fonte: CUTMG
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