Mesmo debaixo do temporal, que castigou Belo Horizonte no final da tarde e no início da noite de quarta-feira (8), as mulheres foram as ruas e levantaram a voz em defesa dos seus direitos e de todos os brasileiros. Milhares de educadoras e educadores, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, sindicalistas, lideranças políticas, militantes dos movimentos sociais, estudantis e populares se uniram contra as reformas da Previdência e trabalhista e para gritar “Fora, Temer”. Os manifestantes, que saíram de concentrações no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG), com Assembleia Estadual, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) e participação de movimentos sociais e categorias coordenadas por entidades CUTistas; na Praça da Liberdade, com a Marcha Mundial de Mulheres, e na Praça Sete, marcharam até a Praça da Estação.
Educadoras e educadores, que paralisaram as atividades em todo o Estado na quarta-feira, deliberaram, na Assembleia Estadual, pela deflagração da greve nacional da educação por tempo indeterminado a partir do dia 15 contra a reforma da Previdência e outras reformas propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer que pauta nesse momento no Congresso Nacional projetos que vão ferir de morte direitos conquistados. Além de marcar posição contra a reforma da Previdência, os profissionais da educação também reafirmam a disposição de se mobilizarem pelo cumprimento dos acordos assinados pelo governo de Minas Gerais, pela realização de novos concursos e nomeações já e o cumprimento do Piso Salarial e descongelamento da carreira. A greve nacional foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Cerca de mil trabalhadoras, do campo e da cidade, abraçaram a agência da Previdência Social, no Centro de Belo Horizonte (na avenida Amazonas, esquina com rua Tupinambás), em defesa da aposentadoria, no final da tarde de quarta-feira. Elas realizaram atividades de panfletagem com a população para conscientizar as trabalhadoras e os trabalhadores sobre os retrocessos causados com pela PEC 287, e denunciar as perdas na aposentadoria de brasileiras e brasileiros.
Diálogo com a população
Para dialogar com a população e fazer a mobilização, o Sind-UTE/MG tem produzido e distribuído materiais explicativos sobre a PEC 287/16. Mais de 500 mil cartilhas com conteúdo sobre os impactos da reforma da previdência foram encartadas em jornais de grande circulação e também estão sendo entregues à população na barraca que a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) montou na Praça Sete, região Central de Belo Horizonte. Esse material também foi entregue na quarta-feira (8) aos participantes da Assembleia Estadual pelo Sindicato.
Deixe um comentário