O Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e região convida todos os trabalhadores e trabalhadoras para a cerimônia de homenagem aos 50 anos da greve dos metalúrgicos de Contagem.
O evento será dia 05 de abril, a partir das 18h00, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e foi requerido pela deputada estadual Marília Campos (PT).
GREVE DE 1968
Durante o regime mililar, no dia 16 de abril de 1968, operários da siderúrgica Belgo-Mineira de Contagem, desafiando a lei antigreve, cruzaram os braços reivindicando reajuste salarial de 25%. Esta foi a primeira greve depois do golpe militar e surpreendeu a ditadura. Ela foi articulada pelo Sindicato, que estava sob intervenção do Ministério do Trabalho.
No terceiro dia, a greve da Belgo ganhou adesão dos trabalhadores da Mannesmann, RCA, SBE e de outras indústrias da região, ampliando-se depois para a fábrica de João Molevade e Acesita no Vale do Aço. Também se espalhou para empresas menores e para outros setores, engrossando o movimento grevista.
Frente à amplitude e organização do movimento e o risco de espalhar-se por outros centros industriais, o Ministro é obrigado a recuar atendendo parte das reivindicações salariais e concedendo assim um reajuste de 10%, fora da data
pré-determinada. O presidente-militar Costa e Silva assinou um decreto e dez dias depois anunciou a extensão deste aumento para todos os trabalhadores do Brasil.
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