A celebração do dia internacional das mulheres, 8 de março, deve ser o momento de refletir sobre as conquistas, os avanços e as vitórias, mas também é a ocasião perfeita para debater as dificuldades, as diferenças, as angústias e os desafios futuros.
E o primeiro desafio das mulheres metalúrgicas em 2022 deve ser derrotar o Bolsonaro na eleição deste ano e eleger um governo progressista, democrático, preparado para lidar com as diferenças e que respeite os direitos das mulheres.
O despreparo e a falta de sensibilidade do atual governo resultaram em redução de investimento em políticas públicas voltadas para as mulheres, aumento expressivo nos casos de violência doméstica e feminicídio. O Brasil é hoje o 5º país que mais mata mulheres de forma violenta.
“Mudar essa realidade somente será possível com luta, união e investimento em política pública que crie mecanismos eficientes de proteção e combate à violência contra as mulheres”, disse Margareth Gonçalves, secretária de mulheres do Sindimetal.
Através da luta da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e região, conseguimos inserir na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos metalúrgicos de Minas cláusulas voltada para mulheres, como creche, garantia de emprego e remanejamento de função da gestante, aleitamento, atestado médico pediátrico, saúde da mulher, entre outros.
Mas é fundamental avançar e fortalecer também a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), duramente atacada nos últimos anos através da reforma trabalhista. Frear esse retrocesso e revisar o desmonte realizado na CLT passa por uma profunda mudança na cadeira presidencial em Brasília.
“Que este dia 8 de março de 2022 sirva de alicerce para que possamos iniciar a reconstrução de um Brasil mais justo, fraterno, democrático e igualitário”, disse Geraldo Valgas.
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